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Beto Carrero World - A história

M­uitos podem ter achado que se tratava de um sonho, mas para João Batista
Sérgio Murad, o Beto Carrero, construir o maior parque temático da América
Latina era um empreendimento real - isto no início da década de 1980. Para
entender os objetivos de João Murad, é preciso recuar no tempo. Menino pobre
de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, criou-se numa fazenda onde o
pai era empregado, sonhando em ser um personagem como o Zorro. Desta época,
trouxe a sua forte ligação com o mundo dos rodeios e caubóis. Seu pai, Alexandre,
tinha o apelido de “Carreiro”, por conduzir um carro de boi. João rapidamente
aproveitou-se do apelido do pai, intitulando-se Sérgio Carreiro. Anos depois, o
nome foi novamente “reformulado” e João Batista Sérgio Murad passou a ser –
o Beto Carrero.
                                
Beto Carrero era um garoto bastante popular e ainda adolescente lançou um programa p
róprio no rádio. Ele se comunicava muito bem e logo descobriu a sua veia publicitária,
deixando o “caubói” um pouco de lado. Nos anos 70, Beto Carrero investiu forte em
sua carreira de publicitário no mercado de Santa Catarina, onde liderou a conta de
grandes empresas. Foi ele quem lançou motes históricos, como o do Leite de Aveia
Davene e das toalhas Buettner, tendo Tônia Carrero como estrela do merchandising.

Enquanto publicitário em Blumenau, Beto Carrero incentivou duas práticas que, no
futuro, consolidariam a cidade como um importante destino turístico: incentivou a
preservação do estilo enxaimel, estilo arquitetônico adotado pelos imigrantes alemães
em casas e prédios, e estimulou a criação da Oktoberfest, que atualmente é a segunda
maior festa da cerveja do mundo. Mas, Beto Carrero nunca abandonou o seu lado
artístico. Mesmo enquanto a publicidade era o seu maior “ganha pão”, ele sempre
achava um tempinho para trabalhar como agente de alguns artistas. Depois de um
certo tempo, não teve mais jeito. A arte falou mais alto. Beto montou sua trupe e
percorreu milhares de municípios apresentando a saga de Beto Carrero, um caubói
tipicamente brasileiro. Fez amigos por onde passou – entre eles muita gente famosa
como Sílvio Santos, Faustão, Gugu Liberato, Xuxa e os Trapalhões. E foi assim,
apresentando o “legítimo caubói brasileiro”, que Beto Carrero fez o seu pé-de-meia
que, mais tarde, bancaria o projeto do parque.

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